Os diretores-presidentes das distribuidoras de gás natural da região Nordeste (Potigás, Bahiagás, Algás, Cegás, Pbgás e Sergás) elaboraram uma carta conjunta ao Ministério de Minas e Energia (MME) para que o combustível seja incluído no decreto que está sendo elaborado para regulamentar a construção de data centers “verdes” no país. A medida foi tomada em reunião do Consórcio Nordeste realizada na semana passada em Salvador/BA.
O decreto em edição pelo MME inclui o abastecimento dos data centers (grandes instalações dedicadas ao processamento de dados e inteligência artificial) por energias solar e eólica. O pleito das distribuidoras do Nordeste destaca as limitações das matrizes renováveis e a segurança, estabilidade e previsibilidade ofertada pelo gás natural, que pode atuar como uma fonte de backup essencial para as fontes renováveis intermitentes. Além disso também leva em consideração ser o gás natural considerado como energia de transição, já que o menos poluente dentre os combustíveis fósseis.
“Os data centers são estruturas que necessitam de fornecimento contínuo e estável de energia. O gás natural e biometano oferecem esse suprimento constante, independentemente das condições climáticas, sem os problemas de oscilação típicos das fontes renováveis como períodos de chuvas intensas ou ausência de ventos que comprometem a geração de energia eólica e solar. Alguns estados já sofrem com redes elétricas fragilizadas que podem ser ainda mais comprometidas com a integração excessiva de energia intermitente”, afirma Marina Melo, diretora-presidente da Potigás.
O decreto do MME tem como objetivo reduzir os custos de manutenção das estruturas e atrair investimentos de grandes empresas. Com a medida, o investimento em equipamentos e redes necessários para o fornecimento será realizado pelo Executivo, atraindo as empresas para a construção dos datas centers no país.
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